Como se nos fosse desferido um golpe.
Como se de uma facada se tratasse.
Caímos assim…
Caímos como se não houvesse sustentação.
Caímos como caem os perdidos
Caímos como caem os traídos
Caímos sozinhos
Caímos por fim
A segurança reflecte-se no mínimo de confiança, no mínimo de intimidade a que estejamos prontos a partilhar.
Confiança significa partilha, partilha significa respeito, o respeito merece ser conquistado.
Não sabemos aquilo que somos, somos portanto a alegria daqueles que nos rodeiam. Simples, explicativo e suficientemente claro para ser credível…mas será esta uma verdade adquirida? Seremos nós realmente a transposição da alegria, a transposição de qualquer sentimento que se faça senhor de nós? Não seremos antes meros amantes de uma qualquer incongruência que se teceu mesmo antes do mundo fazer sentido?
Não sei, não me apetece pensar.
Apetece-me antes entender a razão de nos sentirmos desamparados quando damos tudo o que é nosso… e de nos sentirmos tão protegidos quando tudo o que é nosso se transforma numa enorme parede, intransponíveis a todos.
Não se conquista o respeito com elogios.
Não se conquista o respeito com risos.
Não se conquista o respeito com paixão.
Não se conquista o respeito com mentiras.
O respeito não se conquista, é cedido pelo outro…
Quando se cede o respeito, decide-se partilhar, decide-se confiar.
O respeito é, e sempre será, o juramento da honestidade.
Quando se quebra a honestidade, quebra-se o respeito, o sentimento de partilha, a confiança e …
Caímos por fim
Caímos sozinhos
Caímos como caem os traídos
Caímos como caem os perdidos
Caímos como se não houvesse sustentação.